quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Maculelê

Maculelê - tipo de dança, bailado, que se exibe na festa de Nossa Senhora da Purificação, na cidade de Santo Amaro, Bahia. Acredita-se ter evoluído do cucumbi, um antigo folguedo (festas populares de espírito lúdico que se realizam anualmente, em datas determinadas, em diversas regiões do Brasil) de negros, até tornar-se um misto de dança e jogo de bastões, chamados grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes. Num grau maior de dificuldade e ousadia, pode-se dançar com facões em lugar de bastões.

Há quem diga que o Maculelê surgiu em Santo Amaro da Purificação, entre os negros de engenho, numa forma de mostrar a luta dos escravos contra o feitor. Outros acreditam que Maculelê era um negro fugido que tinha doença de pele. Ele foi acolhido por uma tribo indígena e cuidado por eles, mas ainda assim não podia realizar todas as atividades com o grupo, por não ser um índio também.

Certa vez, Maculelê foi deixado sozinho na aldeia, quando a tribo saiu para caçar. E eis que uma tribo rival aparece para dominar o espaço.

Maculelê lutou sozinho contra o grupo rival e, heroicamente, venceu a disputa. Desde então passou a ser considerado um herói na tribo.

A dança com bastões simboliza a luta de Maculelê contra os guerreiros.

Foi Popó do Maculelê o responsável pela sua divulgação, formando um modesto grupo com seus filhos, netos e outros negros da Rua da Linha, e se apresentava no dia 2 de Fevereiro, na festa da Padroeira de Santo Amaro, Nossa Senhora da Purificação.

Popó era condutor do trólei puxado a burros, no tempo que ainda existia o vapor (linha regular de navios de Santo Amaro a Salvador).

Nesse tempo a cidade era servida por uma linha de bondes puxados a burros, que se chamava Trilhos Urbanos, que durante muito tempo foi uma marca curiosa dessa cidade, extinta no final da década de 50.

Segundo Popó, o Maculelê era praticado anteriormente por Negros Malês.

Maculelê Ecológico
A muitos anos a ABADÁ-CAPOEIRA esta engajada em difundir a idéa de vida sustentavel e corretamente ecológica, percebeu se que cortar a madeira só para fazer o bastão de Maculelê era uma maneira errada de usa la, então ele melhor dar outros usos primeiro a madeira, como para instrumentos, e caso ela não servisse mais para estes usos, ai sim ela seria usada como bastão.

"Não existe madeira que não presta, cada madeira tem a sua utilidade e
é preciso saber como fazer bom uso dela sem desperdiça la."
Mestre Camisa

Então uma forma mais ecológica foi desenvolvida para minimizar o gasto de madeiracom os bastões, ao invez de usar os bastões de madeira, usar garrafas pet, que estão em todo lugar, precisam ser reutilizadas de alguma forma, são ótimas para encinar crianças e iniciantes, já que elas não oferecem tanto risco de machucar como os bastões, e assim diminuindo o numero de bastões usados ao mínimo, apelas para apresentações.
 
 

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